Terapia presencial ou online? Psicólogo explica quando escolher cada método, além dos prós e contras de cada modalidade
27 Sep, 2022
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Com o avanço tecnológico, as chamadas de vídeo passaram a ser uma solução cada vez mais comum para conversas e reuniões, que passaram a ser mais rápidas e práticas. Com a pandemia da Covid-19, a prática se popularizou e antigos paradigmas caíram por terra, quando consultas médicas e sessões de terapia também começaram a acontecer online.



 

“A terapia online foi amplamente usada como uma solução emergencial durante a fase mais crítica da pandemia .
No entanto, ainda não existem muitos critérios e pesquisas corroborando que esse tipo de consulta é recomendada para qualquer tipo de paciente”, afirma o especialista Filipe Colombini, psicólogo e fundador da Equipe AT, empresa focada em Acompanhamento Terapêutico, modalidade que acontece sempre presencialmente. 

 

Diante das novas possibilidades, é importante saber qual modalidade terapêutica é mais recomendada para cada caso.

 

O modelo presencial ainda é o mais recomendado: a psicoterapia foi desenvolvida com base no encontro entre duas pessoas, por isso, esse tipo de atendimento é o recomendado e possui uma série de pesquisas clínicas. “Perceber a postura corporal, assim como o contato olho no olho e, ainda, o controle sobre o ambiente da consulta, são ferramentas importantes para que o psicólogo possa analisar o paciente e interagir com ele de forma mais assertiva”, afirma Colombini.

 

A terapia online exige habilidades específicas para dar resultados: embora tenha se popularizado como solução terapêutica durante a fase de isolamento social, o atendimento online é uma prática regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia desde 2012. “O atendimento virtual costuma ser mais procurado por adultos com uma rotina cheia e dificuldade em achar tempo para a terapia. Esse público costuma ter habilidades verbais mais desenvolvidas e melhor automonitoramento, o que facilita a consulta online, visto que o psicólogo depende exclusivamente da fala para avaliar e intervir junto ao paciente”, relata o fundador da Equipe AT. “Porém, é importante lembrar que não é todo adulto que possui essas competências, o que poderia atrapalhar os resultados de um tratamento online”, conclui.

 

Quando a terapia online pode não ser eficaz? Crianças e adolescentes, muitas vezes, podem ter mais dificuldade em verbalizar seus sentimentos e ideias, o que dificulta esse tipo de atendimento, que depende muito mais da fala. Além disso, casos graves podem precisar de um apoio mais próximo, não se adaptando bem ao formato. “A consulta virtual, sem dúvidas, é mais confortável e prática para pacientes e terapeutas. Porém, as pesquisas de efetividade e eficácia sobre esse método ainda são muito incipientes e, em muitos casos, a modalidade online não substitui o encontro presencial”, explica o especialista.

 


Mais sobre Filipe Colombini: psicólogo, fundador e CEO da Equipe AT, empresa com foco em Acompanhamento Terapêutico (AT) e atendimento fora do consultório, que atua em São Paulo (SP) desde 2012. Especialista em orientação parental e atendimento de crianças, jovens e adultos. Especialista em Clínica Analítico-Comportamental. Mestre em Psicologia da Educação pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP). Professor do Curso de Acompanhamento Terapêutico do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – Instituto de Psiquiatria Hospital das Clínicas (GREA-IPq-HCFMUSP). Professor e Coordenador acadêmico do Aprimoramento em AT da Equipe AT. Formação em Psicoterapia Baseada em Evidências, Acompanhamento Terapêutico, Terapia Infantil, Desenvolvimento Atípico e Abuso de Substâncias.


 



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