Esqueletos da última batalha de Napoleão podem ter virado fertilizante
20 Jun, 2022
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Mais de dois séculos após a Batalha de Waterloo, ocorrida em 18 de junho de 1815, arqueólogos encontraram novas evidências do que pode ter acontecido com os corpos deixados pelo conflito.


 Segundo sugere o estudo publicado na revista científica Journal of Conflict Archaeology nesta sexta-feira (17), os ossos das vítimas da batalha que derrotou Napoleão Bonaparte contra forças britânicas e prussianas foram vendidos para a fabricação de fertilizantes.


 


Ou o que você precisa saber sobre as Guerras Napoleônicas


A suspeita de que algo estranho havia acontecido com os restos mortais dos cerca de 29 mil soldados que morreram no campo de batalha se deu pelo fato de que, ao longo de todos esses anos, as escavações arqueológicas realizadas no local não revelaram muitas ossadas de vítimas.


 


Então, uma equipe liderada pelo professor Tony Pollard, do Centro de Arqueologia de Campos de Batalha da Universidade de Glasgow, na Escócia, decidiu analisar um conjunto de documentos originais e inéditos com descrições e ilustrações sobre o estado do campo de batalha alguns dias ou semanas após o conflito.


Segundo sugere o estudo publicado na revista científica Journal of Conflict Archaeology nesta sexta-feira (17), os ossos das vítimas da batalha que derrotou Napoleão Bonaparte contra forças britânicas e prussianas foram vendidos para a fabricação de fertilizantes.


 



A suspeita de que algo estranho havia acontecido com os restos mortais dos cerca de 29 mil soldados que morreram no campo de batalha se deu pelo fato de que, ao longo de todos esses anos, as escavações arqueológicas realizadas no local não revelaram muitas ossadas de vítimas.


 


Então, uma equipe liderada pelo professor Tony Pollard, do Centro de Arqueologia de Campos de Batalha da Universidade de Glasgow, na Escócia, decidiu analisar um conjunto de documentos originais e inéditos com descrições e ilustrações sobre o estado do campo de batalha alguns dias ou semanas após o conflito.


 


Os registros incluem cartas e memórias pessoais de um comerciante escocês chamado James Ker. Ele vivia em Bruxelas na época da batalha e visitou o campo nos dias seguintes ao conflito, descrevendo como homens morriam em seus braços. Os relatos do estrangeiro apontam a localização exata de três valas comuns contendo até 13 mil corpos .

Mas nada foi encontrado até agora. 


 


“A despeito da licença artística e da hipérbole sobre o número de corpos em valas comuns, os corpos dos mortos foram claramente descartados em vários locais do campo de batalha, por isso é surpreendente que não haja registro confiável de uma vala comum, afirma Pollard em comunicado à imprensa.


 

 




Por outro lado, matérias jornalísticas dão pistas sobre o paradeiro dos corpos. “Pelo menos três artigos de jornal da década de 1820 em diante fazem referência à importação de ossos humanos de campos de batalha europeus com a finalidade de produzir fertilizantes, informa o arqueólogo.


 “Os campos de batalha europeus podem ter fornecido uma fonte conveniente de ossos que poderiam ser moídos em farinha, uma forma eficaz de fertilizante. Um dos principais mercados para esta matéria-prima eram nas Ilhas Britânicas [que, a lado dos prussianos, venceram a batalha contra os franceses].”


De acordo com relatos e documentos históricos, visitantes começaram a chegar à Waterloo assim que a batalha foi encerrada. Muitos iam ao local para roubar pertences dos mortos — inclusive dentes, que eram usados posteriormente para a fabricação de dentaduras — e tiveram a ajuda de moradores locais para encontrar as valas.


 


“Com base nesses relatos, apoiados pela importância bem comprovada da farinha de ossos na prática da agricultura, o esvaziamento de valas comuns em Waterloo para obter ossos parece viável, e a conclusão provável é essa, conclui Pollard.SAIBA MAIS



Mas, para confirmar o desfecho dos corpos de Waterloo, o professor e arqueólogo irá liderar ainda uma pesquisa geofísica que deve levar alguns anos para escavar e encontrar novas evidências do ocorrido.


 “Se os restos humanos foram removidos na escala proposta, deve haver, pelo menos em alguns casos, evidências arqueológicas dos poços de onde foram retirados, por mais truncadas e mal definidas que possam ser, aposta Pollard.

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